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Dia Mundial do Rim: na fila do transplante, paciente vai realizar o sonho de ser pai

Paciente do Programa de Hemodiálise do Hospital Evangélico de Vila Velha há quase dois anos, Magno Marchezi Coleta, de 34 anos, estava com menos de 25% do funcionamento dos rins quando descobriu a Doença Renal Crônica (DRC). Exames de rotina, após uma forte dor na nuca, levaram ao diagnóstico tardio, em maio de 2019.

“Acordei cedo para trabalhar e senti uma dor forte na nuca. Acabei sendo levado ao médico, pois já não conseguia caminhar direito. Os exames cardiológicos não apresentaram alterações e o médico me encaminhou para um nefrologista, que constatou a doença nos rins. Infelizmente, o diagnóstico foi tardio. Até iniciamos um tratamento mais conservador, mas logo precisei passar pela cirurgia da fístula para começar a hemodiálise”, relata.

No momento, Magno está na fila de espera por um transplante e, mesmo diante das limitações impostas pelo tratamento da doença, o paciente está esperançoso e na expectativa de realizar um sonho ainda maior: o de ser pai.

“O que me motiva a não desanimar é saber que esse não é o fim, pois existe um tratamento e ainda tenho uma vida inteira pela frente. Minha esposa está grávida, esperando uma menina, e a família é a minha maior motivação. Quero ver minha filha crescer e fazer tudo o que puder com a minha família. O paciente renal crônico tem as suas limitações, mas aprendi algo sobre ressignificação: todo problema tem o seu lado bom e cada paciente acaba encontrando o seu”.

Em uma reflexão sobre o Dia Mundial do Rim, celebrado em 11 de março, cujo tema é “Vivendo bem com a doença renal”, Magno reforça que o apoio da família e o cuidado com a saúde mental são primordiais.

“É difícil aceitar as restrições, como comer e beber de forma limitada. A saúde mental é a parte mais importante nesse processo, juntamente com o apoio da família e de psicólogos. Temos que nos reinventar e reconhecer que estamos passando por um problema. É necessário tratá-lo, mas não estamos sozinhos e existem muitas pessoas na mesma situação, com dificuldades até maiores”.

Doação de órgãos

O Hospital Evangélico de Vila Velha foi responsável pelo maior número de transplantes realizados no Espírito Santo, em 2020, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre as cirurgias realizadas, destaque para os transplantes renais, fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

“Nos casos dos pacientes renais crônicos, a situação envolve uma dieta restrita e muitos ainda fazem parte do Programa de Hemodiálise do HEVV. A máquina faz o trabalho dos rins que não funcionam mais. Entretanto, por melhor e mais moderna que seja, ela não substitui plenamente o rim. Apenas o rim transplantado é capaz de fazer isso”, explica a nefrologista do hospital, Dra. Luciana Assis.

De acordo com o Ministério da Saúde, o transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto. No Brasil, a doação de órgãos só é permitida após autorização familiar. Por isso é fundamental que o doador expresse o desejo em vida.

 

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